Este artigo analisa o comportamento do ensino superior no contexto da economia de mercado a partir de suas directrizes economicas e dos valores morais e eticos, tendo o homem como o sujeito central e, portanto, receptor da filosofia de um modelo mercantilista em sua essencia. A analise revela o paradoxo entre um paradigma centrado no mercado e da visao antropocentrica da educacao. A discussao sobre a pobreza, a desigualdade, a justica social e os debates relativos a equidade na redistribuicao estao cheios de eufemismos e preconceitos que colocam a questao numa atmosfera altamente subjetiva. Posturas sociologicas, economicas, educativas e ainda aquelas que atribuem o problema da distribuicao como algo infaliblemente connatural ao ser humano associado as oportunidades e mertos constituem a malha teorica no meio de uns acontecimentos facticos, a luta pelo poder. A economia da metodologia de ensino e utilizada na analise da relacao entre o modelo economico e a Universidade concebendo a educacao como um sistema de entrada e saida. Conclui-se que a educacao perdeu seu valor classica de riqueza cultural, idealizada no triângulo humano que convergiu entre seus vertices, o conceptos de ser, saber e fazer com um ser humano como um mediador e e afetada pelo conceito comercial da economia de mercado. A meritocracia neste contexto e uma maneira de esconder o fracasso do Estado na assistencia social.