O presente trabalho trata da tematica das novas formas de participacao juvenil, analisando os canais produzidos pelo recente debate sobre politicas publicas para a juventude no pais e a relacao que estabelecem com as experiencias e coletivos juvenis, de atuacao cultural, organizados nesta primeira decada do milenio. O enfoque da pesquisa esta voltado para a acao nao institucionalizada de coletivos culturais da periferia da cidade de Sao Paulo e suas vinculacoes com algumas das acoes do poder publico municipal voltadas para os jovens. Para alem das formas tradicionais de participacao, atraves dos partidos politicos e do movimento estudantil, outras formas de atuacao juvenil tem despontado, nos ultimos anos, com uma acao nao institucionalizada que se organiza em torno de questoes culturais, ecologicas, e outras. Por outro lado, desde o inicio do milenio, um debate que vem tomando volume no pais e o das politicas publicas voltadas para a juventude, o que gerou a criacao de novos canais de dialogo com o poder publico, tais como foruns, conselhos e conferencias. Utilizando-se de recentes pesquisas sobre a participacao da juventude e tendo como eixo, para o referencial teorico, os estudos culturais latino-americanos, o trabalho aponta para a necessidade de se compreender a cultura como pratica cotidiana e a politica como poderes obliquos que operam de forma horizontal nesse cotidiano, produzindo novos sentidos, novos rearranjos e novas possibilidades de emancipacao. Para tanto, e analisada a experiencia de participacao de um coletivo juvenil da zona leste da cidade de Sao Paulo, inserida em uma mobilizacao mais ampla de cultura de periferia que tem se espalhado pela regiao metropolitana nos ultimos anos. Essa mobilizacao de arte periferica tem produzido novas institucionalidades com o poder publico municipal, sobretudo, atraves de uma politica de cultura voltada para os coletivos juvenis, criada a partir do recente debate sobre juventude na agenda publica da cidade