A intertextualidade sempre esteve presente na linguagem do cinema, desde os tempos do cinema mudo, em que as deixas simbolicas podiam ser apenas visualizadas. Naquele momento, cenas com textos para indicar dialogos, entre outros recursos, eram adotados, ampliando a linguagem da obra. Com a crescente diversidade de possibilidades proporcionadas pelas novas tecnologias digitais, a intertextualidade volta ao cinema, misturando as imagens tradicionais com animacoes e estruturas hipertextuais. Entende-se a intertextualidade como o dialogo entre textos elaborados com diferentes linguagens, diferentes semioticas, em um mesmo contexto, neste caso, no contexto cinematografico. Este artigo apresenta diferentes formas se compor essa estrutura hibrida no cinema, tendo como objeto de analise as obras audiovisuais O homem com a câmera, de Dziga Vertov; Tempos modernos, de Charlie Chaplin; Space Jam: o jogo do seculo, de Joe Pytka; as duas edicoes de Kill Bill, de Quentin Tarantino, e Sin City, de Robert Rodriguez ao lado de Frank Miller (com colaboracao de Quentin Tarantino). A analise nos mostra que embora a intertextualidade no cinema nao seja atual, e um recurso potencializado pelas novas tecnologias digitais. Portanto, se a evolucao tecnologica nao alterou a narrativa cinematografica, contribuiu para que as narrativas alternativas se tornassem possiveis com maior facilidade, oferecendo, aos diretores, maior tempo para criar.