O presente texto e uma discussao de carater teorico, cuja proposta e fazer uma reflexao sobre o processo de inclusao de pessoas com deficiencia no mercado de trabalho. A deficiencia, independente de sua especificidade, desde os tempos mais remotos se faz presente nas diversas sociedades e em qualquer classe social. O discurso de igualdade e um dos pilares da sociedade capitalista e em sua relacao com a educacao, contribuindo para a manutencao das desigualdades sociais e, especificamente, para a exclusao das pessoas com deficiencia. Pela logica capitalista nao faz sentido investir na formacao de um profissional que nao vai atuar na producao da mais-valia, ou repor tal investimento. Deste modo, o respaldo garantido as pessoas com deficiencia pela Constituicao Federal Brasileira (1988) para o acesso ao trabalho e a educacao, bem como a reserva de vagas na administracao publica ou nas empresas privadas, asseguradas pela lei 8213/91, nao sao resultados de um Estado “bonzinho”, ou de uma protecao paternalista, mas sim, consequencia de uma minoria que conseguiu se impor politicamente e que se fez ouvir ao bradar por direitos trabalhistas antes abafados em promessas assistencialistas e oportunistas.