Este artigo introduz os temas do pluralismo e do diálogo interreligioso como pressupostos necessários para um exercício dialógico entre o catolicismo e as religiões de matrizes africanas. O texto evidencia a presença do currículo nulo ao proscrito no ensino religioso escolar e propõe uma educação nossótrica transnacional das humanidades que nos ajuda na superação de discursos racistas, nacionalistas e identitários sectários. Posteriormente, se analisa o texto de Atos 17:1-32 mostrando os conflitos religiosos no início do cristianismo e recuperando um mito da tradição iorubá como forma de aprendizado para além do mundo judaico-cristão. A linha metodológica transversal do artigo é uma educação dialógica e nossótrica vinda da tradição filosófica ubuntuista “eu sou porque nós somos”.