A interferência cubana na Venezuela é uma realidade já desde décadas e intensificou-se com a subida ao poder de Hugo Chávez; contudo, parte da literatura sobre o tema considerava em determinado momento que tratava-se apenas de uma cooperação sul-sul ou ação de soft power. Este artigo visa discutir qual é o grau da interferência cubana na Venezuela: seria apenas uma cooperação sul-sul, ações de soft power, uma nova forma de colonialismo ou algo diferente? A metodologia deste trabalho utiliza como variável dependente o grau de interferência cubana na Venezuela e como variáveis independentes os mecanismos de controle e repressão cubanos na Venezuela como: Misiones Barrio Adentro, Comitês Locais de Abastecimento e Produção, Carnet de la Patria, serviços de inteligência e narcotráfico. E a partir de ampla revisão de literatura buscou-se identificar o grau de interferência cubana na Venezuela. O resultado mostrado é que existe uma interferência profunda e uma relação simbiótica da chamada “Cubazuela” através de um mecanismo definido como narco-colonialismo socialista, do qual Cuba fornece uma série de instrumentos para repressão e controle com o intuito de perpetuar seus aliados no poder.