O artigo analisa a política habitacional na América Latina, com especial atenção à experiência da Colômbia. Nas últimas décadas, difundiu-se um modelo de produção padronizada de unidades habitacionais, com ênfase no estímulo à demanda e no apoio ao setor da construção civil. Esse modelo tem sido amplamente discutido em países como México, Chile, Colômbia e Brasil. Nesse contexto, a Colômbia se destaca por sua longa história de formulação e implementação de políticas de habitação social (PHS). O artigo analisa a trajetória de institucionalização da PHS colombiana, examinando os momentos críticos e seu impacto na dependência do programa. Além disso, propõe uma nova periodização que explica grandes compartimentos temporais a partir de três modos de restrição utilizados pelas instituições como meios de operação: regras, práticas e narrativas. Em conclusão, o artigo oferece uma perspectiva crítica sobre a política habitacional na América Latina e destaca a experiência da Colômbia como um caso relevante para sua análise a partir da teoria do neo-institucionalismo histórico que ajuda a entender a evolução e as limitações das políticas habitacionais no país e oferece uma base para o desenho de políticas futuras mais eficazes.
 Palavras-chave: Política de habitação social, neo-institucionalismo histórico, América Latina e Colômbia.