A América Latina insiste em lutar. Insiste em se levantar diante de séculos de violência. E as questões de gênero e sexualidade reclamam também seu lugar nessas lutas. O mundo inteiro escutou, aprendeu e replicou das lutas feministas chilenas em 2017, 2018 e 2019, inundando as ruas de movimentos sociais exigindo uma transformação social feminista e para a diversidadesexual e de gênero, mexendo com toda a estrutura social. Considerando essas lutas que fazem tremer as bases da luta no contexto latinoamericano, qual o papel que tem a escola? Qual o papel que tem a ciência? Qual o papel que tem o ensino das ciências naturais na escola? Quais as denúncias, constatações, anúncios e caminhos percorridos para a inserção das questões de gênero e sexualidade na educação científica em contextos da América Latina? Estamos acompanhando a luta que grita, exige, acolhe, desestabiliza e faz presença nas estruturas sociais e nos movimentos sociais? Quais são as nossas particularidades nessa interseção? Atendendo a essas perguntas, trazemos o dossiê intitulado “Gênero e Sexualidade na Educação Científica: Perspectivas na América Latina”. Este dossiê propõe uma discussão modesta, mas plural e potente ao redor dessas perguntas com trabalhos de pesquisa, experiências, relatos e artes que dialogam desde Brasil, Chile, Colômbia e México. Partimos de reconhecer que as questões de gênero e sexualidade no ensino de ciências, geralmente associadas à Educação para a Sexualidade ou Educação para a Saúde ou em Saúde, constituem um campo que apresenta desafios e resistências na América Latina
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Science and Education Research
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FuenteRevista Interdisciplinar em Ensino de Ciências e Matemática