Neste artigo tecemos considerações relacionadas às dimensões teórico-metodológicas e práticas que nos mobilizam enquanto pesquisadoras/es do Grupo de Trabalho intitulado: “AntroPoÉticas”[1], vinculado à Associação Latinoamericana de Antropologia (ALA)[2]. A partir de uma perspectiva ecológica, reiteramos a obsolescência da oposição entre razão e sensibilidade, bem como da polaridade entre imagem e texto, som e escrita. A partir de relatos de pesquisas realizadas pelo Grupo, argumentamos que a experimentação conduzida como forma de errância poética é potente tanto para nos colocar em contato com as realidades com as quais desejamos aprender, quanto para mediar os processos de comunicação dos resultados da pesquisa. O artigo mostra, por fim, que as mediações antropoéticas constituem-se como formas potentes de restituição do conhecimento, uma vez que oferecem a pesquisadores/as, interlocutores/as e comunidade mais ampla uma interação multissensorial, que favorece o encontro antropológico. [1] O GT AntroPoÉticas vinculado a ALA, desde 2022, é coordenado pelas professoras [Anonimato] e pelo professor [Anonimato]. [2] O GT é o desdobramento do Grupo de Pesquisa “AntroPoÉticas” (CNPQ) e possui caráter transdisciplinar, sendo constituído por pesquisadoras/es de diferentes regiões do Brasil e outros países da América Latina, sendo, em sua maioria, antropólogos/as. O projeto cadastrado no CNPQ é coordenado pelas professoras Cláudia Turra Magni, Daniele Borges Bezerra (bolsista do CNPq-PDJ), Patrícia Pinheiro e pelo professor Alexsânder Nakaóka Elias (bolsista do CNPq-PDJ).