O trabalho pretende sistematizar uma proposta de concepção ecológica e popular de educação em direitos humanos. Parte de uma crítica a uma visão monocultural a partir da qual oferece a alternativa ecológica. No desenvolvimento analisa aspectos da opção monocultural e também as características da alternativa ecológica. Sugere que a opção monocultural é despotenciadora, centrada num saber único, orientada por uma compreensão progressista de temporalidade, não aceita as diferenças, é autoritária e idolátrica. A alternativa ecológica é apresentada como abertura às possibilidades, à interculturalidade, acredita e deseja a transformação das realidades, é dialógica, é cuidadosa e promove o cuidado, se orienta pela responsabilidade, entende a temporalidade como intensa e densa, articula a diversidade de saberes, lida com a incerteza e afirma e se confirma na e em travessia. A alternativa ecológica apresenta bases éticas consistentes para respeitar, proteger e promover os direitos humanos como prática e processo educativo sistemático e permanente: uma educação ecológica e popular em direitos humanos.