O propósito deste texto consiste em apresentar e discutir aspectos relevantes do Movimento de Reorientação Curricular construído por Paulo Freire e sua equipe em São Paulo, de 1989 a 1992, quando o educador atuou como Secretário Municipal de Educação da gestão da prefeita Luiza Erundina. Portanto, propondo sinalizar contribuições para a reflexão curricular – tensões, provocações e questões, apresentamos brevemente algumas características do Movimento que ensejaram, como argumentamos, uma construção crítica popular e democrática da política curricular. Conclui-se destacando tanto a inversão do vetor da política curricular, como o resgate do sentido público da escola pública como contribuições endereçadas a tensionar e problematizar o modo como as políticas curriculares têm sido conduzidas.