Este artigo é o resultado de um trabalho de extensão, realizado no quilombo do Portão do Gelo, através do qual surgiram experiências transformativas que colocaram em destaque a importância cultural, política e educativa deste espaço. Através de diversas atividades, tornou-se possível compreender a força que o quilombo desenvolve para sobreviver, assim como a relevância da resistência de seus membros contra o racismo estrutural, institucional e religioso, empreendendo ações pela valorização da cultura negra. A atividade dialogou com a perspectiva teórica decolonial. O campo metodológico se amparou na sociopoética, o que permite vivenciar a pesquisa compreendendo o todo e as partes enquanto construção coletiva de conhecimentos e saberes. O resultado das produções mostra o impacto e o fortalecimento da educação social, presentes no interior do quilombo. Nesse sentido, argumentamos a necessidade do diálogo permanente entre universidades públicas com espaços sociais e culturais diferentes da cultura acadêmica, mas que não deixam de construir complexas e inteligentes percepções de mundo e de vida.