Doenças crônicas, tais como hipertensão arterial e de diabetes mellitus são muito frequentes na população adulta. O rastreio dessas morbidades é realizado de forma rápida e eficaz pela triagem com aferição da pressão arterial e dextro, respectivamente. O diagnóstico precoce destas patologias é de suma importância, já que quando detectadas precocemente, graves complicações podem ser evitadas. Embora tendo conhecimento da importância da detecção precoce dessas enfermidades, alguns grupos populacionais podem ser menos favorecidos em relação à medicina preventiva, tais como os privados de liberdade, que muitas vezes ficam afastados dos direitos sociais e dos cuidados com a saúde. Dessa maneira, torna-se essencial o rastreio dessas condições crônicas, assim como a detecção precoce de indivíduos assintomáticos ou mal controlados, a fim de orientá-los sobre a importância do autocuidado e controle desses acometimentos, evitando consequências no futuro. O objetivo deste trabalho é de relatar a experiência de estudantes de medicina durante a atividade desenvolvida na penitenciária do município de Franca para rastreamento de hipertensão arterial e diabetes mellitus na população privada de liberdade. Foi feito um estudo do tipo relato de experiência realizado no primeiro semestre de 2019 por estudantes do sétimo período do curso de Medicina do Centro Universitário Municipal de Franca - Uni-FACEF, durante a unidade curricular IESC – Interação em Saúde na Comunidade. Foram avaliadas 39 pessoas, sendo que uma estava hiperglicêmica e quatro hipertensas. Tal experiência oportunizou o contato dos estudantes com pessoas privadas de liberdade, o que resultou na desconstrução de preconceitos e estigmas voltados esse público.