Este trabalho buscou analisar como o pensamento bakhtiniano (BAKHTIN, 1997, 2002, 2003, 2016) pode se configurar como orientador de uma postura pedagogica que busca uma educacao transformadora e que prima pela interacao verbal entre sujeitos. Nessa educacao, o dialogismo vai ao encontro das preocupacoes com a desconstrucao do poder do professor como unico “conhecedor e senhor da informacao”, abrindo espaco para uma educacao com varias vozes. Abordamos algumas reflexoes iniciais, passiveis de serem mais profundamente desenvolvidas, mas que apontam para a necessidade de compreender as salas de aula de uma perspectiva diferente dos metodos tradicionais de ensino, bem como a impossibilidade de qualquer palavra ser final, acabada, ao passo que novas maneiras de significar e novos significados sao sempre desejaveis.