O artigo examina uma intervenção formativa, realizada em uma escola, com um grupo de professores que estreava na inclusão de alunos com deficiência em suas turmas e estava apresentando dificuldades. A intervenção buscou ampliar a compreensão sobre inclusão e, consequentemente, a mudança das práticas em relação aos alunos incluídos. Foram realizadas 10 sessões, de março a dezembro de 2014, planejadas a partir da proposta de aprendizagem expansiva, definida por Engeström. A análise foi organizada com base nas ações do ciclo de aprendizagem expansiva: questionamento, análise, modelagem da nova solução, exame do novo modelo, implementação do novomodelo, reflexão sobre o processo e consolidação da nova prática. Foram desenvolvidas, durante a intervenção, três ações capazes de produzir a aprendizagem expansiva: protocolo de organização da inclusão na escola, agenda para os alunos incluídos e estabelecimento de trabalho coordenado entre professores da sala regular e da sala de recursos. Ao final da intervenção, constatou-se que nenhuma das três consolidou-se. Concluiu-se que, para haver transformação, seria necessário desenvolvimento de agency, de engajamento dos sujeitos no processo de mudança, o que não aconteceu.