Este relato parte de um encontro entre a observação etnográfica dos usos da verticalidade durante a Virada Cultural – um evento anual aberto, que ocupa as ruas do centro paulistano ao longo de 24 horas corridas – e a situação corporal vertical – em que me suspendo por cordas para a prática de uma modalidade artística e esportiva. O encontro em questão configura a perspectiva em que a observação se dá: ora acompanhando o público geral da programação do evento, ora compondo essa mesma programação, isto é, como artista em apresentação – nesse caso, a uma distância vertical de dezenas de metros em relação aos espectadores. As implicações da determinação sobre de onde observar o que se observa nesse contexto talvez possam servir à discussão acerca de como acessar e investigar usos possíveis de um espaço amplamente presente na cidade de São Paulo: a altura.