No Brasil, país de dimensões continentais e de grandes diferenciações internas, é cada vez mais frequente a utilização do desempenho dos alunos em avaliações externas da aprendizagem, com intuito de nortear as políticas educacionais. Indicadores globais de qualidade da educação, a exemplo do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb), denotam que os sistemas educacionais brasileiros devem ser avaliados sob a ótica dos seus processos de ensino, gestão, aprendizado e trajetória escolar dos alunos. Este estudo buscou evidenciar, através das Taxas de Rendimento e Distorção Idade-Série - no quinquenio 2011-2015 - as desigualdades educacionais entre Bahia e Minas Gerais, unidades federativas contíguas, histórica e culturalmente afins, mas com indicadores educacionais dissemelhantes. A trajetória da pesquisa possibilitou verificar que, apesar da taxa de aprovação dos alunos na educação básica estar impulsionando o fluxo escolar na Bahia e Minas Gerais, a redução da taxa de fecundidade nestas unidades federativas (UFs) vem favorecendo a redução no número de matrículas em todos os níveis (fundamental I, II e médio), principalmente no ensino médio, pior segmento da educação básica, sobremaneira a baiana.