Introdução: Este estudo descreve a relação entre índice de massa corpórea (IMC) e a geometria e função cardíaca analisada por ecocardiografia transtorácica.Materiais e métodos: Analisaram-se 5.898 estudos ecocardiográficos, numa faixa de idade entre 18,0 e 98,6 anos.Resultados: O IMC variou de 15,23 a 49,61 Kg/m 2 .O aumento do IMC teve uma associação direta estatisticamente significativa com a massa ventricular esquerda, observando-se inicialmente hipertrofia concêntrica leve, que se faz excêntrica na medida em que aumenta, especialmente quando se normaliza pela relação alométrica (altura 2,7 ).Também observou-se aumento do volume de ejeção e do débito cardíaco e evidenciou-se associação inversa entre o índice de massa corpórea e a relação E/A de enchimento mitral, com diminuição sigificativa da velocidade de e' do Doppler tecidual, demonstrando-se disfunção diastólica do tipo alteração do relaxamento do ventrículo esquerdo no indivíduo com sobrepeso ou obeso.Observou-se aumento discreto, porém significativo, da área e do volume indexado do átrio esquerdo para a massa corpórea.Não houve diferenças na geometria e função do ventrículo direito.Conclusões: O presente estudo evidenciou uma associação direta significativa entre o índice de massa corpórea (IMC) e a massa miocárdica ventricular esquerda.A indexação da massa do VE à altura 2,7 evita artefatos relacionados à normalização pela área de superfície corpórea, principalmente em indivíduos com obesidade grau II e III. (
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Cardiovascular Function and Risk Factors
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FuenteARQUIVOS BRASILEIROS DE CARDIOLOGIA - IMAGEM CARDIOVASCULAR