Nas sociedades do espetaculo a forma simulacral das imagens pode, por um lado, tomar o lugar das coisas e o da acao dos homens sobre o mundo e, por outro lado, fazendo-se nova forma de experiencia. Propoe-se, neste texto, extrair das imagens de Saramandaia (DIAS GOMES,1976) as formas politicas da cultura brasileira, da decada de 70, pela via da “sobrevivencia das imagens” em sua potencialidade na reconstrucao historica. Para isso, duas serao as personagens abordadas, como imagens, para argumentar a leitura do contexto historico brasileiro: o Coronel Rosado e Gibao. O primeiro e dono de engenho de cana-de-acucar, tem um formigueiro no nariz; formigas carregadeiras, representantes da acumulacao, que saem do corpo sempre que o coronel se ve contrariado. O segundo tem asas que, como alegorias do desejo de liberdade, precisam ficar escondidas pelas roupas e so podem ser usadas a noite, na hora destinada ao sono/sonho da humanidade, na hora sem testemunha. A telenovela desdobra-se em planos de imagens capazes de ligar momentos de olhar a tela a memoria coletiva de uma historia brasileira recente, tanto naquilo que esta representado no corpo das personagens, quanto na organizacao ficcional que os fazem ‘cidadaos’ de uma mesma ‘comunidade real’, um Brasil.
Tópico:
Brazilian cultural history and politics
Citaciones:
0
Citaciones por año:
No hay datos de citaciones disponibles
Altmétricas:
0
Información de la Fuente:
FuenteDOAJ (DOAJ: Directory of Open Access Journals)