O presente artigo analisa a evolução das relações entre os corpos militares e o poder político em Portugal, desde os tempos oitocentistas da monarquia liberal e ao longo do século xx. Em particular, são interpretados os impactos ocorridos na cultura militar com a difusão das ideologias constitucionalistas, republicanas, nacionalistas e socialistas, e as orientações normativas que guiaram as atitudes e a acção das elites militares no campo político, em face da sua experiência profissional de guerra (campanhas de ocupação africana, primeira guerra mundial e guerra colonial de 1961-74), dos comportamentos observados das classes populares mobilizadas para tais missões, em confronto com as orientações adoptadas pelos sucessivos governos e regimes políticos. Uma contextualização internacional é também efectuada, quer no que respeita às dominâncias ideológicas, quer aos quadros de interesses estratégicos estabelecidos.
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African history and culture studies
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FuenteRevista crítica de ciências sociais/Revista crítica de ciências sociais