A analise da responsabilidade civil frente as inovacoes biotecnologicas hodiernas permite o resgate do questionamento acerca da verdadeira funcao do direito perante a sociedade, principalmente em decorrencia da velocidade de informacoes e das constantes descobertas cientificas do Mundo Contemporâneo. Nesse dialogo entre as inovacoes cientificas e a adequacao juridica aos comportamentos delas advindos, depreende-se que o direito nao pode mais ficar a espera de casos concretos para regulamentar o assunto. Ao contrario, deve o direito ter o condao de trazer mecanismos assecuratorios eficientes as relacoes contratuais e extracontratuais firmadas entre as partes envolvidas, e tambem da sociedade de forma geral, se pensarmos na protecao da vida das geracoes futuras. De uma forma ou de outra, seu objetivo principal continua sendo a protecao dos direitos fundamentais, principalmente o direito a vida digna. Tal tarefa nao e facil, pois o problema encontrado no presente tema e que tampouco a ciencia tem resposta quando e inquirida sobre as provaveis consequencias das pesquisas que envolvem a manipulacao genetica celulas vegetais e humanas. Refrear tais pesquisas nao se faz oportuno, ante a esperanca da cura de doencas e de maior qualidade de vida. Por outro lado, “brincar de Deus” e tarefa preocupante, ante os danos que porventura possam causar a humanidade. A legislacao global, na grande maioria, nao tem apresentado posicoes favoraveis a manipulacao genetica de celulas de embrioes. O presente trabalho vem de encontro com as lacunas deixadas pela Lei e as situacoes que reclama maior atencao: a questao do dano genetico e sua reparacao civil, principalmente com relacao a aplicacao, nesses casos, da Teoria Objetiva da responsabilidade civil.