Esse artigo oferece uma reflexao inacabada sobre algumas questoes ainda pouco discutidas na bibliografia socioantropologica brasileira sobre prostituicao/“mercados do sexo”; especificamente, sobre o conteudo da participacao de adolescentes e jovens (incluindo menores de 18 anos) nestes mercados, bem como sobre as formas destes mercados em uma regiao de fronteira internacional amazonica. Apresento tres “formas” nas quais jovens locais se descreveram a si mesmos como participantes no “babado” ou na “prostituicao” local na cidade transfronteirica de Tabatinga/Leticia/Santa Rosa, especialmente a partir da sua parte brasileira (Tabatinga). Por fim, argumento que nem a perspectiva da “exploracao sexual” nem os recursos mais recorrentes nas nossas pesquisas sobre prostituicao (e sobre sexualidades adolescentes) parecem dar conta suficiente das experiencias dessas garotas.