Este artigo aborda as relações entre as ciências naturais e a política do governo imperial brasileiro, nas décadas de meados do século XIX, mostrando que estas relações contribuíram para consolidar a integração territorial do país sob a égide da ideologia da nação. Para realizar seus propósitos o governo incentivou o movimento de exploração da natureza, organizando e implementando comissões científicas que se dirigiram a diferentes lugares do país para estudar a sua geografia, geologia, botânica, zoologia, astronomia e a sua etnologia. Esta política transformaria o meio ambiente brasileiro em objeto político, bem como valorizaria enormemente as ciências naturais, propiciando até mesmo a institucionalização de novos ramos destas no país.